quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Receita de Ano Novo

Ano Novo chegando, pra limpar a alma, o espirito e receber uma boa energia, a gente pode usar as ervinhas da horta, pra quem cultiva a sua, mesmo que seja em apartamentos e preparar um bom banho de descarrego e despedida do ano que vai embora.

Eu uso folhas e flores de lavanda ou alfazema, manjericão e alecrim. Faço uma infusão delas em água fervente. Deixo uns cinco minutinhos pra pegar bem o cheiro, junto com água fria, um pouco de água de colônia e sal grosso. Coo tudo num paninho fino e jogo essa água no corpo no ultimo banho do dia 31 de dezembro. Faço como um ritual de limpeza e acho que funciona. Pelo menos, o otimismo, a esperança, uma alegria intrínseca  e a vontade de viver nunca me abandonaram. Pra todos vocês, uma ótima despedida de 2009 e um belíssimo 2010.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Um Natal, uma saudade

Adoro o Natal. Não a compração desenfreada, não o apelo comercial, mas a idéia de reunir toda a família em volta da mesa farta, a decoração, o ritual da ceia, isso tudo eu adoro. Gosto de montar a árvore no dia 6 de dezembro e deixar montada até 6 de janeiro e fazer pedido com simpatia pro Dia de Reis com as seis sementinhas de romã.   Tem que comer as sementinhas e recitar: "Eu vos saudo reis Gaspar, Belchior e Balthazar. Dai -me desta semente para ter e para dar."  E depois enrolar o versinho com as sementes e uma nota de dinheiro e guardar por um ano na carteira.
Mas voltando à ceia, outro dia  estava conversando com uns amigos e lembramos das ceias brasileiríssimas, com pernil em vez de peru. Aquele pernilzão que as mães mandavam assar no forno da padaria porque não cabia nos das nossas casas. Edney Silvestre lembrou que na casa da tia dele tinha leitoa. A bichinha assada, do mesmo jeito . Em Minas era à pururuca. Um festival de gordura, mas numa época em que, ou ninguém se preocupava ou  as artérias entupiam menos.  Sei que era divertido. Na casa do meu avô sempre tinha pernil. E o presunto também era enorme, com um ossão. No dia seguinte, no verdadeiro enterro dos ossos, tudo ficava melhor ainda. Mas o que me dá mais saudade são as rabanadas da minha mãe. Todo Natal ela  fazia e eu comia a rabanada quentinha, saindo da frigideira, passada no açucar com canela. Coisa boa pra comer com um cafezinho e tapear a fome, lá pelas sete da noite, pra esperar a ceia que só ia sair  por volta das onze.
E saudade do chutney de manga sempre perfeito que ela fazia no início de dezembro para dar de presente de natal para amigos e parentes. Minha mãe morreu ano passado. E eu ainda tenho um vidro de chutney - que como as boas conservas envelhece ficando cada vez mais apurado - na minha geladeira. Teho usado devagarinho, sobre uma carne assada aqui outra ali. Uso pra matar a enorme saudade que ela deixou. Quando acabar o chutney,vou usar a receita, tentar fazer um meu. Para dar continuidade. Família, tradição, é isso, né?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O livro da Rosa

Na quarta feira, dia 9 , no Zona Sul do Leblon, lançamento do livro da rosa Nepomuceno: " Um Fio de Azeite". Já falei sobre a Rosa e o livro aqui no Blog.  Não percam!

O novo menu do Lorenzo

Recebi e-mail do Janjão e da Nick com o novo menu do Lorenzo para o verão.  Nessa estação de ferver caldeirão conhecida como inferno ou  verão do Rio de Janeiro deve ser uma coisa complicadíssima montar um cardápio agradável. Pois a Nick e o Janjão  parece que acertaram em cheio. Fizeram um menu  fresco e leve, com toques de nostalgia, com um coquetel de camarões que volta aos anos sessenta... Outra coisa que gosto no Lorenzo é  o clima de bistrô do bairro, marcado no novo menu com a volta de um  risoto que o  jornalista Tadeu Schmidt, também vizinho da casa, vivia pedindo. Há ainda uma saladinha que nasceu de uma receita  servida no Eça, provada pelo Janjão e pela Nick e incluída no menu com a devida menção ao chef Fréderic de Mayer. Coisas simpáticas assim fazem do cardápio de um restaurante uma  deliciosa aventura para a  gente explorar.