Jantamos esta noite no eñe, o restaurante dos chefes espanhois Sergi e Javier Torres no Rio. Eu já havia experimentado o eñe paulista e ouvido dizer que o do Rio ficava a dever. Não é verdade. Adorei o clima do eñe carioca. Aqui trabalham como chefes jovens talentosos, um deles é o Paulinho, filho de minha amiga e também chefe d cozinha Maria Vitoria que já era uma estrela em ascensão no Montagu, andou pela Espanha fazendo um estagio no Mugaritz e agora é o chege do eñe carioca. Outro, Pedro, é amigo de meu filho Ricardo. Fez gastronomia na Estácio, estágios em restaurantes bacaninhas do Rio e agora se ocupa das entradas frias. Adorei ver essa gente nova brilhando na cozinha! Mas vamos ao que interessa: o menu degustação que misturou clássicos e modernos do eñe.
Começamos com o tartare de ostra, com a carninha do molusco dentro de um tomate com ares de pérola. Uma sutileza.
A salada com alfaces, cogumelos cortadinhos em fios finíssimos e um confit de cebola, na companhia de um atum grelhado por fora, rosadinho por dentro, na medida, que nos encantou por demais. Meu marido, fã de atum, adorou.
Depois uma divina sopinha que juntava alcachofras, um caldo de galinha e pancetta. Harmonizada com um Amontillado. Um casamento mais-que-perfeito. Paixão.A jóia da noite, pra mim.
E veio o peixe. Um olhete grelhado com fideos.Com um surpreendente ceviche de melancia. No ponto. O Albariño que tomamos com o peixe tambem.
Querem mais? Um cochinillo, o leitãozinho cozido por 15 horas, em panela especial a 75 graus. Acompanhado de maçãs salteadas de um tinto da Ribera del Duero . Hummmmmmmmmmmmmmmmm!
E vieram as sobremesas,um delicioso minichurro com dulce de leche e espuma de banana que casava divinamente com o vinho de sobremesa e depois uma torta de chocolate com frutas vermelhas que -minha nossa! -já não cabia mais depois de tantas delicias que provamos.
Tudo perfeito e uma equipe tão simpática quanto azeitada. Uma noite com til no ene pra ficar na lembrança.
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