terça-feira, 19 de outubro de 2010

Voltar a Portugal

Mes que vem vou voltar a Portugal. Fico encantada cada vez que vou pra lá. Acho Lisboa uma cidade linda, agradável, cheia de coisas interessantes para ver e para  fazer e - sobretudo-  onde se come divinamente bem.  Adoro experimentar novidades, mas em Portugal,  não vejo a hora de voltar aqueles lugares onde já estive e já comi muito bem. Isso inclui pasteis de Belém, claro, porque não sou diferente de ninguém. Mas inclui também aquela agua mineral de Pedras Salgadas, que acho deliciosa. Inclui voltar a Tasquinha do Paco onde comi um arroz de mariscos espetacular num dia sem qualquer expectativa, em que eu e a produtora Andrea Escobar fomos lá no meio do trabalho porque era perto do hotel e do local da gravação e acabamos surpreendidas, tomadas pela delícia da comida... Estou muito feliz  por poder ver Lisboa de novo. Contarei mais. E vou postar fotos também. Aguardem.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Vinhos do Alentejo

Outro dia, pelo Bom Dia Brasil, fiz uma reportagem sobre os Vinhos do Alentejo numa mostra especial, aqui mesmo no Rio de Janeiro. Quem dera fosse in loco. Os vinhos Alentejanos têm sido uma boa companhia para a boa comida portuguesa, desde os anos oitenta, quando houve um enorme investimento em qualidade naquela região. O Alentejo é a terra do sobreiros a árvore da cortiça. Eles produzem metade das rolhas de vinho de todo o mundo. E não dá pro gasto, porque a demanda tem sido cada vez maior.  Outro produto maravilhoso do Alentejo é o azeite. As grandes vinícolas investem agora em azeites de primeirissima linha, com o mesmo nome de seus melhores vinhos. Provei cada um sensacional na mosra dos vinhos Alentejanos. Fiquei fã do Mouchão: um dos melhores vinhos de lá e um dos mais deliciosos azeites também. Voltando aos vinhos, ou melhor às uvas portuguesas, quero dizer que amo os nomes delas: trincadeira, touriga nacional, alfrocheiro, trouriga franca, cão, alicante bouchez, alvarinho. São tão bonitos. E adoro o sabor particular  que elas dão aos vinhos portugueses. Em novembro, vou lá de novo.  Não vejo a hora chegar. 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Queijos franceses

É praticamente impossível governar um país que tem mais de quatrocentos tipos de queijo  - dizia o General De Gaule. Da época do ex-presidente francês para cá, mais queijos surgiram e hoje  a França tem mais de dois mil subtipos daqueles quatrocentos. Uma parte deles veio para cá num festival trazido pelo maître fromagier Gerard Poulard, que conheci dez anos atrás fazendo uma coluna Arte da Mesa para o Bom Dia Brasil. Poulard viaja pelo interior em busca de pequenas fazendas produtoras de queijo. Conhece e enche de galanteios - como é de seu feitio - as fazendeiras. Visita os estábulos, conhece as vacas, ovelhas e cabras pelo nome. E, claro, seleciona o melhor do melhor para seus festivais. Fomos fazer novamente uma matéria com ele para o Bom Dia Brasil. Provamos alguns de seus mimolette, um rocquefort artesanal magnífico, um bleu d' Auvergne, do  centro da França. E nos deliciamos com os cabras provençais, delicados, perfumados pelas folhas do castanheiro, da lavanda, da segurelha e do tomilho... Coisas que fazem do ser  humano um pouco divino. Em Paris, na rue de Sévres tem uma queijaria pequenina que conta com algumas dessas preciosidades. É só lembrar dela que já me vem os cheiros e aromas e vai dando uma vontade de voltar pra lá. Quanto ao  perfume do queijo... sim, perfume, como chama Maître Poulard. Ele diz: é tão bom que a gente pode até beijar depois de comer que não tem problema!