segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Minha casa


Essa postagem vai pra Káthia Mello e pro Ari Peixoto. Eles estão longe, vivendo em Israel e sentem falta do Brasil,  dos amigos, da comidinha brasileira gostosa. Então vai pra eles essa historinha,com receita e tudo.

Essa aí em cima é a minha casa, no Jardim Botânico, lugar pra receber a família e os amigos em almoços que duram uma tarde inteira.
Não tem coisa melhor do que isso. Eu adoro esses almoços e quando chamo um monte de gente, começo mandando o menu por e-mail pra já ir dando uma certa água na boca.

Nos dias mais quentes do verão, gosto de ir cedo à peixaria do Mercado do Produtor, lá na Barra da Tijuca pra escolher um bom lombo de cherne. E uns camarões, e um siri catado, e umas coisinhas pra agradar aos meu amigos e parentes. 
Mas voltando ao cherne, vejam só que jeito fácil e gostoso de preparar um peixe pra muita gente:
Você pega o lombo do cherne, tempera com  pimenta do reino branca, moida na hora, flor de sal com casquinha de limão siciliano e um fio de azeite. O lombão vai ao forno num prato grande de cerâmica coberto por papel laminado e assa  a 180 graus, por uns 40 minutos, no proprio suco do peixe. Fica um sonho. E combina muito bem, quando uma senhora baiana que faz uns serviços pra mim faz o vatapá dela. Aí é só fazer um arroz e uma farofinha e tá tudo perfeito.

Peixes têm carnes delicadas e o segredo é o ponto. Cozinhou demais, estraga. Perde justamente o frescor.
As variações que faço para esse peixe no forno é usar file de badejo ou  de robalo e variar os molhos. Uma vez fiz um que deu certíssimo e repito sempre. É um pesto desconstruído, porque bato no processador salsa, coentro e cebolinha com um pouco de vinho branco e azeite. É esse molho, um pesto verde e fresco que envolve o peixe temperado apenas com sal e pimenta do reino. Cubro com o laminado e asso, do mesmo jeito a 180, 200 graus no máximo. Em 25, 30 minutos, os filés de robalo ou badejo estão assados nesse pesto. Aí é dar uma tostada nuns pignolis, direto na frigideira de tefal, no proprio óleo que eles desprendem. E jogar por cima do peixe. Fica uma mistura do crocantinho dos pignolis com o macio do peixinho, muito bom mesmo.  Esses, Kathia, acho que são pescados que você encontra em qualquer canto do mundo. Dá pra fazer facilmente e ficam deliciosos.

Um comentário:

  1. Sandra,
    Adorei o post. Obrigada pelo carinho com a gente. Eu não sou muito de cozinha mas aqui tenho arriscado algumas coisas. Vou fazer essa sugestão e depois te conto (com fotos e tudo).
    Beijo grande.
    Káthia

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